Na situação inicial, o rolamento recém-lubrificado contém a graxa com sua consistência original entre os elementos rolantes, ainda não distribuída.
À medida que a rotação começa, o lubrificante começa a se distribuir dentro do rolamento. Dependendo do tipo de graxa e da quantidade, as cavidades e lábios das vedações são preenchidos e o lubrificante começa a ser trabalhado e transportado. A força de cisalhamento e o aumento da temperatura fazem com que o óleo base se separe do espessante e molhe as pistas de rodagem, ponto em que a lubrificação ideal é alcançada.
Com o tempo, as cargas mecânicas e térmicas ativam os aditivos, que são consumidos gradativamente, iniciando assim o processo de envelhecimento do espessante e do óleo base. A decomposição mecânica e química da graxa reduz sua lubricidade.
O aumento da temperatura faz com que os componentes moleculares mais leves do óleo base se volatilizem e, enquanto os mais pesados tendem a escurecer, formam uma ‘lama’ e engrossam a graxa. É essencial renovar a graxa antes que o envelhecimento se torne irreversível, pois ao final desta fase, ocorreria uma insuficiência na lubrificação.
Se você continuar a operação sem a relubrificação, a graxa continuará a engrossar ainda mais, o que causará maior atrito e aumento da temperatura no rolamento. Por sua vez, a temperatura mais alta acelera o processo de envelhecimento.
Finalmente, os aditivos se esgotarão completamente e sua decomposição química fará com que atuem como contaminantes, além da perda do óleo base e do rompimento do filme lubrificante, tornando inevitável o intenso contato metal-metal até que ocorra a falha do rolamento em algum momento.
Caso queira mais informações ou precise de suporte para fazer o acompanhamento adequado do ciclo de vida da graxa dos rolamentos, entre em contato conosco no e-mail suportetecnico@br.klueber.com.
*José Miguel da Rocha é Assessor Técnico Comercial da Klüber Lubrication Argentina