“Iniciei minha trajetória na Klüber Lubrication em maio de 2012, como estagiária na área de Qualidade e MCM. Na época, tinha apenas 20 anos e cursava o 4º ano de Engenharia Química. No início de 2013, surgiu a oportunidade de ser estagiária industrial na Produção, onde comecei a ter contato com o universo industrial e saber como é realmente trabalhar em uma indústria.
Com a minha formatura, no final de 2013, consegui ser efetivada como analista de projetos na Manutenção, área que passava por uma reestruturação (com muita luta conseguimos essa vaga, principalmente pelos gestores envolvidos, pois era uma vaga que não existia). Após 2 anos na Manutenção e muito sucesso no início da reestruturação da área, voltei para a área de Produção, como analista de processos, na qual aprendi ainda mais sobre a rotina e responsabilidades da área de produção. A visão trazida com a experiencia de manutenção ajudou bastante, pois a operação na Klüber Lubrication é muito dinâmica e as áreas operacionais são muito conectadas em todas as suas atividades e decisões. Em 2019, após 3 anos como analista de processos, fui promovida a supervisora de produção, posição na qual sou desafiada a cada dia através de um aprendizado constante.
Junto com todo o crescimento profissional, veio o crescimento pessoal. Quando iniciei na Klüber Lubrication, tinha apenas 20 anos e era ainda solteira. Depois que me tornei analista, veio a possibilidade de ter a minha própria casa, casar e, agora, depois de quase cinco anos, um baby. E estar grávida em uma função de liderança técnica, onde é preciso estar sempre próximo à equipe, na área, e manter todo o dinamismo que a produção requer, não é uma tarefa fácil. Mas o carinho das pessoas que fazem parte da minha rotina está fazendo esse momento muito legal, pois a grande maioria já são pais, então sabem como é ter uma mulher gravida na rotina.
Quando paro para pensar sobre toda a minha trajetória na Kluber Lubrication, principalmente relacionando a presença feminina em áreas técnicas e majoritariamente masculinas, um fato que me marcou bastante foi rever uma foto do final de 2014 alguns dias atrás, onde estava grande parte da área industrial (quase 20 pessoas) e eu era a única mulher. De lá para cá, muita coisa mudou por aqui e fico feliz em fazer parte dessa mudança, e de saber que, além de mim, outras meninas tenham a oportunidade de escolher a área técnica sem medo, não pela parte técnica em si, mas pelo ambiente estar mais preparado para ser diverso e acolhedor.
Desenvolver a liderança em uma equipe majoritariamente masculina e, ainda, com o fato de ser mais jovem que 90% da equipe (tenho pessoas na equipe operacional que possuem mais tempo na Klüber Lubrication do que eu tenho de vida!), foi e ainda é um dos maiores desafios na minha carreira. Pois até ganhar a confiança da equipe (mostrando o domínio da parte técnica e que seria capaz de discutir assuntos técnicos com eles sem nenhum problema) e que seria capaz de ser líder deles, assim como um homem também pode ser, foi um caminho árduo, mas hoje muito recompensador.
Levarei essa experiência comigo para o futuro para sempre, contribuindo para que seja mais fácil para as mulheres que estão chegando agora, trazendo um ambiente mais equalitário e com os homens mais abertos a aceitarem as mulheres na liderança e em áreas técnicas.
Fico muito feliz em ver cada vez mais meninas na Klüber Lubrication e mais feliz ainda de vê-las nas áreas técnicas (Operações e Vendas). Me traz o sentimento que estamos no caminho certo. E poder observar isso pelo olhar do Comitê de Diversidade & Inclusão, o qual sou membro desde a primeira turma, me dá a certeza que o que estamos fazendo é realmente certo. Esse é um valor que quero levar para sempre.
O Dia Internacional da Mulher é um marco para todas nós e sempre nos faz parar para pensar sobre a carreira, a conciliação com a vida pessoal como mãe, esposa, filha e todos os outros papeis e responsabilidades que temos e como está sendo o nosso papel na sociedade. Mas que essa data sirva para todos nós, homens e mulheres, para lembrarmos e reforçarmos o respeito a todas nós, pois todas as pessoas tiveram pelo menos uma mulher marcante em sua vida. Que essa lembrança venha para reforçar que as mulheres precisam e podem estar onde quiserem, e a opção é de cada uma. E, principalmente, que esse pensamento e esse respeito sejam perenes em todos os outros 364 dias do ano, por meio de ações e não somente de palavras estimuladas pela data comemorativa.
E, se tudo isso foi possível até agora na minha vida (profissional e pessoal), é porque tive e tenho pessoas que acreditam em mim, no meu caminho, e me incentivaram a continuar, ensinaram a superar os obstáculos e não desistir. Por isso, sempre precisamos ter respeito e humildade com todas as pessoas que estejam conosco e passam pelas nossas vidas. É escutando e respeitando a todos que vamos conseguir um ambiente inclusivo.”
A história da Thaís é a história de outras milhões de mulheres mundo afora, que conquistam seus espaços diariamente, com força e determinação. Reiteramos e continuamos a nossa jornada pelo empoderamento feminino, alinhada aos Princípios de Empoderamento das Mulheres da #ONU (WEPs), em busca de equidade e respeito, em um ambiente diverso e inclusivo. Essa causa é de todos.
