O problema do endurecimento e entupimento em linhas de lubrificação
A indústria pesada enfrenta um desafio persistente e de alto custo : o endurecimento progressivo de graxas convencionais em sistemas de lubrificação expostos a altas temperaturas. Esse fenômeno não é apenas um inconveniente operacional – representa uma ameaça direta à continuidade produtiva e à integridade dos equipamentos.
Quando submetidas a temperaturas acima de 150 °C por longos períodos, graxas tradicionais sofrem degradação acelerada do espessante e do óleo base. Esse processo gera depósitos carbonizados que obstruem gradualmente as linhas de distribuição, comprometendo o fornecimento de lubrificante nos pontos críticos de atrito.
As consequências são paradas frequentes para desmontagem e limpeza dos sistemas de lubrificação centralizada, elevando custos de manutenção e perdas de produtividade.
Impactos operacionais das falhas de lubrificação
As consequências desse problema vão além do entupimento. Equipamentos operando em condições de lubrificação deficiente podem sofrer:
- Desgaste prematuro acelerado: ausência de filme lubrificante adequado, causando contato metal-metal e elevando a taxa de desgaste.
- Maior consumo energético: o atrito elevado exige mais potência para manter a operação, aumentando custos.
- Falhas súbitas: rolamentos e mancais podem travar, resultando em danos graves ao conjunto mecânico.
- Riscos à segurança ocupacional: técnicos de manutenção são expostos a ambientes de alta temperatura em intervenções recorrentes para desobstrução das linhas.
Limitações das graxas convencionais
As graxas à base de sabão de lítio ou complexo de lítio, ainda que adequadas para aplicações moderadas, apresentam limitações severas em temperaturas acima de 200 °C. O espessante perde sua estrutura, liberando o óleo base de forma descontrolada ou solidificando-se por completo, o que intensifica o problema de entupimento.