Revolução energética: o Brasil na liderança geopolítica regional de energia eólica

O relatório do GWEC aponta o Brasil como uma liderança na geração de energia eólica na américa latina. Saiba mais detalhes neste artigo

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) é uma associação internacional voltada para indústria de energia eólica mundial, todos os anos a entidade lança um relatório completo com dados, insights, tendências e os desafios do setor eólico em todo planeta.

O último relatório, lançado em 27/03/2023, apontou um crescimento considerável deste setor energético. De acordo com os dados apresentados, 2023 será o primeiro ano a exceder 100GW em novas instalações, o que representa um crescimento de 15%.

Outra perspectiva animadora sobre o cenário mundial é atingir 143 GW de crescimento até 2030, o que representa 13% acima das previsões feitas anteriormente, alcançando a marca 1.221 GW de nova capacidade adicionada entre 2023 a 2030.

O Brasil como potência no cenário de energia eólica

No que diz respeito ao Brasil e a América Latina, o GWEC espera que 26,5 GW de energia eólica onshore sejam adicionados na região dentro dos próximos cinco anos, com 3 países, Brasil, Chile e Colômbia contribuindo com 78% dessas adições.

Dentro deste contexto, o Brasil se destaca entre os três, uma vez que ocupa a 6ª posição no ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore pelo segundo ano consecutivo.

Para Elbia Gannoum, presidente da ABEEeólica e Vice-Presidente da GWEC, o Brasil está vivendo uma verdadeira revolução energética. De acordo com ela: “A revolução na energia eólica brasileira está em curso há alguns anos. A indústria atingiu 25,6 GW de capacidade instalada em 2022, com energia eólica agora mantendo uma posição firme. Além do crescimento contínuo do onshore, temos grandes expectativas para o desenvolvimento do brasileiro offshore.”

A VP da GWEC aponta que a energia eólica traz um grande potencial de crescimento econômico, pois, as empresas e o Estado brasileiro deram passos cruciais na criação de um setor voltado para o hidrogênio verde, com acordos que chegam a  mais de 200 bilhões de dólares. E, de acordo com a consultoria Roland Berger, o Brasil poderá faturar a partir de 2050, 150 bilhões de dólares anualmente com hidrogênio verde, dos quais R$100 bilhões viriam apenas das exportações.

Elbia menciona também o fato de que o IBAMA já recebeu propostas de projetos que ultrapassam os 170 GW. Essa marca equivale a quase toda geração da matriz energética brasileira atualmente, fator que demonstra o tamanho potencial para expandir esse recurso energético em solo brasileiro.

A aceleração das energias renováveis

O cenário geopolítico mundial dos últimos anos impulsionou diretamente a busca pela ampliação do fornecimento energético mais estável, especialmente das obtidas com base em fontes mais sustentáveis. Diante deste contexto, observamos países da União Europeia e Estados Unidos assinando e estabelecendo leis que visam a redução do uso de combustíveis fósseis na matriz energética.

As lideranças de agências de energia concordam que  as tecnologias para eólica e fotovoltaica irão ter um papel fundamental na ampliação energética no futuro próximo.

E, novamente, nosso país tem ganhado atenção no que diz respeito a geração de energia eólica, mais especificamente no setor onshore. Isso porque o Brasil vê na utilização de energia eólica um caminho para alcançar as metas climáticas ao mesmo tempo que impulsiona o crescimento econômico.

Atualmente, o Brasil é o 5º país no que diz respeito ao número de turbinas e componentes eólicos. Ademais, o GWEC espera que o Brasil contribua com cerca de 60% dos 26,5 GW de geração de energia eólica que prevê para o período de 2023-2027 para a América Latina. Dessa forma, o país consolida sua liderança no cenário latino-americano contribuindo com 16 GW de energia. Ademais, a ABEEólica espera acréscimos anuais na região de 3 GW para a energia eólica onshore na próxima década.

Estamos sob os olhos do mercado mundial

Existem diversas razões para ser otimista em relação ao mercado brasileiro, especialmente em razão da promoção de um desenvolvimento industrial que vem se tornando mais robusto.

O Brasil possui uma matriz energética renovável de grande porte com a energia eólica tendo um papel crucial na garantia do abastecimento de energia do país enquanto oferece preços baixos para os consumidores ao mesmo tempo que contribui para a descarbonização. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a participação das renováveis na matriz elétrica deve continuar acima de 80% até 2030, chegando a 85% em 2050. Dentro deste cenário, a energia eólica se consolida em segundo lugar na quota elétrica, atrás somente da hídrica.

Por ser signatário do acordo de Paris, o Brasil comprometeu-se em reduzir  as emissões de gases estufa em  50% até 2030, bem como a meta de zerar o desmatamento.

Para atingir essas metas, o Brasil visa investir cada vez mais na ampliação da geração de energia eólica, a fim de realizar uma espécie de transição energética. Além da previsão de crescimento acima do esperado em energia eólica onshore, destacam-se as grandes expectativas para o desenvolvimento do mercado brasileiro em offshore e hidrogênio verde.

A visão de nossa especialista

Na visão da nossa especialista Isabela Carrer, gerente de Mercado de Energia Eólica, Indústria Automotiva e de Rolamentos da Klüber Lubrication Brasil: “As projeções para o mercado eólico brasileiro são animadoras para os próximos anos. O mercado está mudando de forma acelerada e vejo que a Klüber Lubrication acompanha o ritmo por meio da adaptação de seu modelo de atendimento destinado à manutenção operacional para as novas necessidades do mercado. Procuramos manter o foco na produtividade e durabilidade dos ativos dos clientes, tornando a geração de energia ainda mais sustentável".

Você deseja conhecer as nossas soluções para tornar a geração de energia eólica no Brasil ainda mais sustentável? Entre em contato com isabela.carrer@br.klueber.com ou preencha o formulário do site e nossa equipe entrará em contato.

Fonte dos dados: Relatório Global de Energia Eólica - GWEC

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