Por Sofia Jucon
Para compartilhar a visão e o entendimento sobre inovação e sustentabilidade para as organizações e o que está sendo efetivamente colocado em prática no Brasil, dentro de uma cadeia que envolve também clientes, parceiros e fornecedores, a Klüber Lubrication reuniu especialistas das empresas Basf, InterCement Brasil e entidades, como a fundação Dom Cabral (FDC), no “1º Fórum de Sustentabilidade e Inovação”, realizado em junho, em São Paulo.
Para Enrique Garcia, CEO da Klüber Lubrication América do Sul e Austrália, a iniciativa conecta a empresa com o mundo exterior e vem ao encontro do que já vem sendo feito em termos de relacionar inovação, sustentabilidade, desenvolvimento de intraempreendedorismo e empreendedorismo. “Fica claro que só iremos avançar se conseguirmos desenvolver um ecossistema no qual permitimos e facilitamos o desenvolvimento dessas atividades. Por isso, o evento é uma oportunidade para conversar e entender o que está acontecendo em diferentes países e regiões para que possamos fazer, cada vez mais, negócios juntos”, declara.
Com destaque para a questão da Eficiência Energética, Garcia explicou que o encontro reforçou a interação com outras empresas que também enxergam este tema como prioridade. Além disso, ele frisou que as organizações estão caminhando para atuar com base na inovação, visando ampliar o foco sobre os consumidores mais conscientes. “Enxergamos a sustentabilidade nas vertentes footprint - pegada ecológica -, e handprint - indicador de impacto positivo -, sendo este conceito um dos mais importantes para nós no momento, pois colabora diretamente para a sustentabilidade em nossos clientes”, explica.
Conceito end to end
Garcia detalha que este trabalho é dividido em três pilares: redução de consumo de lubrificantes, eficiência energética e produtos sustentáveis, neste caso um exemplo é o lubrificante à base de água, que está sendo bem-sucedido em algumas aplicações teste e em breve estará disponível no mercado brasileiro. “Nosso desafio é promover para o cliente um produto que, além de sustentável, possui desempenho igual ou melhor que o anterior. Temos que mostrar que a sustentabilidade também é um negócio rentável”, enfatiza.
O evento ainda mostrou que é imprescindível envolver a cadeia de valor, cuja ideia é criar um contexto de cooperação para potencializar o impacto positivo e gerar escala para a sustentabilidade. “O conceito tem que ser end to end. É por isso que fizemos questão de nos conectar ainda mais com nossos parceiros nesta ação”, diz Garcia.
O executivo completa que a sustentabilidade e inovação andam juntas e têm que sair da teoria e do papel. “É por isso que incentivamos, cada vez mais, a cultura de inovação e intraempreendedorismo na Klüber Lubrication”, pontua.
Com base também nessa vertente, Heiko Spitzeck, da FDC, aponta que a mentalidade empreendedora e inovadora deve vir de quem está posicionado estrategicamente, de ser um multiplicador e apoiar as pessoas para que se juntem e aprendam em suas ações, mesmo que seja preciso falhar várias vezes até ser bem-sucedido. “A sustentabilidade deve estar ligada a uma estratégia de crescimento e longevidade, e não ser apenas um elemento adicional de uma ação pontual”, avalia.
Vinicius Scaramel, da InterCement Brasil, afirma que o principal desafio é alinhar as expectativas dos acionistas com a carta de sustentabilidade da organização e, além disso, viabilizar economicamente e escalabilizar para a produção. Ele conta que a Klüber Lubrication e a InterCement Brasil realizaram, em conjunto, um projeto de Eficiência Energética em um moinho de bolas que trouxe uma economia média de 6,5% no consumo de energia elétrica, a partir da utilização de lubrificantes de alto desempenho, além da redução de custos e aumento da produtividade.
